Havia certo homem rico que tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isso que ouço de ti? Prestas conta da tua mordomia, porque já não podereis ser mais meu mordomo.
E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Trabalhar na terra não posso, também de mendigar tenho vergonha, eu sei o que farei, para que quando for desapossado da mordomia me recebam em suas casas.
E, chamando a si cada um dos devedores ao seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua conta e, assentando-te já, escreva cinqüenta.
Disse depois a outro: E tú quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.
E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
E eu vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
Quem é fiel ao mínimo também é fiel ao muito; quem é injusto ao mínimo também é injusto no muito.
Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?
E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de chegar a um e desprezar ao outro: Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Parábolas de Jesus
Evangelho de Lucas cap. 16 vers. 1-13
Evangelho de Lucas cap. 16 vers. 1-13