Era uma vez uma camponesa de Ossela, habitante das redondezas de uma vulgar fonte, que no seu quotidiano labutar, todas as manhãs ia encher a cantara de água.
Aconteceu que, numa dessas vezes, deparou-se com um pequeno Senhor Crucifixo, parecendo abandonado, uns metros acima da nascente.
Chegando-se até ele, religiosa como era, ao ir-se embora o levou também, disposta a dar-lhe guarida na sua modesta casita.
E, quando a noite se abateu na aldeia, reservou-lhe seguro esconderijo num alqueire entre o milho.
Com isto feito e a habitual lide doméstica, a pouco mais tardar das “Ave-Marias”, foi descansadamente dormir…
Entretanto, lá pelo meio da noite – não me perguntem, que não sei como! – o Senhor-Crucifixo saiu donde estava, põe pés a caminho e vai acolher-se no local onde estivera…
Ainda luziam as estrelas e já estava na hora da dita camponesa se levantar, pois os gados requeriam cuidados.
Antes, porém, de iniciar tarefas do seu ramerrão quotidiano, deu-se à curiosidade de verificar se o crucifixo continuava onde o guardou.
Imaginem a cara da camponesa quando deu de caras com o alqueire, mais o milho, menos o Senhor-Crucificado, ou sinal dele – supondo então que, ou escapuliu ou o roubaram!
Justificados arrepios acorreram-lhe à mente, não tanto por temores terrenos, mas mais de outra ordem…
Mas como cuidar da “vida” era preciso, lá foi prosseguindo, até chegar a altura de também pegar na cantara e voltar à fonte.
E ao chegar lá, quanto espanto não sentiu ao deparar com o Senhor-Crucificado, no exacto local onde, sem tirar nem pôr, o encontrou no dia anterior?!
Ainda não totalmente refeita da comoção ou lá o que fosse, pois à fé de quem era nunca tal acontecer-lhe, no momento de se ir “embora” com a água pela qual ali viera, voltou a “falar mais alto” o receio de que mãos menos honestas pegassem no valioso crucifixo e vá de, com alguma afoiteza, levar o achado, reconduzindo-o ao esconderijo da véspera.
Contudo, já se percebe que, por milagre, o Senhor-Crucificado, escapuliu-se num Amén, como o houvera feito na véspera, que o seu local não era ali.
E quando, ao levantar, por tal deu, tendo em conta que o acontecido era segredo demais para guardar só para si, contou às amigas, estas contaram às delas, que por sua vez o foram recontando…
Num ápice, muito vulgar em casos que tais, formou-se uma romaria até ao local, logo “baptizado” por Senhor da Fonte.
Desde então, muito povo da aldeia e arredores fez seus pedidos e promessas ao Senhor da Fonte, do qual – dizem – houveram grandes milagres!
Aconteceu que, numa dessas vezes, deparou-se com um pequeno Senhor Crucifixo, parecendo abandonado, uns metros acima da nascente.
Chegando-se até ele, religiosa como era, ao ir-se embora o levou também, disposta a dar-lhe guarida na sua modesta casita.
E, quando a noite se abateu na aldeia, reservou-lhe seguro esconderijo num alqueire entre o milho.
Com isto feito e a habitual lide doméstica, a pouco mais tardar das “Ave-Marias”, foi descansadamente dormir…
Entretanto, lá pelo meio da noite – não me perguntem, que não sei como! – o Senhor-Crucifixo saiu donde estava, põe pés a caminho e vai acolher-se no local onde estivera…
Ainda luziam as estrelas e já estava na hora da dita camponesa se levantar, pois os gados requeriam cuidados.
Antes, porém, de iniciar tarefas do seu ramerrão quotidiano, deu-se à curiosidade de verificar se o crucifixo continuava onde o guardou.
Imaginem a cara da camponesa quando deu de caras com o alqueire, mais o milho, menos o Senhor-Crucificado, ou sinal dele – supondo então que, ou escapuliu ou o roubaram!
Justificados arrepios acorreram-lhe à mente, não tanto por temores terrenos, mas mais de outra ordem…
Mas como cuidar da “vida” era preciso, lá foi prosseguindo, até chegar a altura de também pegar na cantara e voltar à fonte.
E ao chegar lá, quanto espanto não sentiu ao deparar com o Senhor-Crucificado, no exacto local onde, sem tirar nem pôr, o encontrou no dia anterior?!
Ainda não totalmente refeita da comoção ou lá o que fosse, pois à fé de quem era nunca tal acontecer-lhe, no momento de se ir “embora” com a água pela qual ali viera, voltou a “falar mais alto” o receio de que mãos menos honestas pegassem no valioso crucifixo e vá de, com alguma afoiteza, levar o achado, reconduzindo-o ao esconderijo da véspera.
Contudo, já se percebe que, por milagre, o Senhor-Crucificado, escapuliu-se num Amén, como o houvera feito na véspera, que o seu local não era ali.
E quando, ao levantar, por tal deu, tendo em conta que o acontecido era segredo demais para guardar só para si, contou às amigas, estas contaram às delas, que por sua vez o foram recontando…
Num ápice, muito vulgar em casos que tais, formou-se uma romaria até ao local, logo “baptizado” por Senhor da Fonte.
Desde então, muito povo da aldeia e arredores fez seus pedidos e promessas ao Senhor da Fonte, do qual – dizem – houveram grandes milagres!
Lenda do distrito de Aveiro