28/06/2009

Adónis e as anémonas

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Cíniras, rei de Chipre, filho de Apolo, é um soberano amante da arte e o criador de vários instrumentos musicais, como a flauta. Após um banquete regado de muito vinho e música, o rei recolheu-se nos seus aposentos, totalmente embriagado. A filha Mirra, que nutria uma paixão pelo próprio pai, aproveita da sua embriaguez para viver este amor, deitando-se no leito do pai e com ele tendo uma noite de amor. No dia seguinte, já sóbrio, o rei percebe o ardil. Enfurecido tenta matar a filha, que foge para os bosques. É nos bosques que Mirra irá dar à luz àquele que se tornaria o homem mais belo de toda a Grécia, Adónis, filho incestuoso do amor que sentia pelo próprio pai.
Adónis é de uma beleza perfeita. Tão perfeita que atrai para si a paixão de Afrodite, a deusa do amor e da beleza. Nos braços do amante mortal, Afrodite vive dias de intensa e feliz paixão, despertando a fúria do seu amante, o deus Ares, senhor da guerra e da discórdia. Preterido pelo amor de um mortal, o deus vinga-se da amante, quando Adónis participa de uma caçada de javalis. Ares envia um javali enfurecido que ataca o jovem, ferindo-o mortalmente nas ancas. O sangue de Adónis mancha a erva verde. Afrodite corre em socorro do amante, mas já o encontra dilacerado e morto pelo javali. Do sangue do belo Adónis faz brotar as anémonas, flores brancas e sem cor. A deusa que se tinha ferido ao correr entre as silvas, vê o próprio sangue respingar sobre as anémonas, que se tingem de vermelhas. Da sua dor e do sangue do amado foi feita a anémona, flor da tristeza e do consolo, de raríssima beleza e que floresce e vive por pouco tempo.