Rolando, sobrinho preferido do imperador Carlos Magno, era o mais valente de todos os cavaleiros do seu tempo. Sem temer os inimigos, combatia bravamente em nome da fé cristã. Trazia sempre consigo a Durindana, espada inquebrável, originalmente pertencente a Heitor, bravo guerreiro de Tróia, sendo-lhe presenteada por Carlos Magno, quando completara dezessete anos. No punho de ouro da espada, encontrava-se um dente de São Pedro, gotas do sangue de São Basílio, um fio do cabelo de São Denis e um fio do manto da virgem Maria. Sob o fio da lâmina da Durindana, muitos infiéis sarracenos tombaram.
Por sua valentia, Rolando foi designado por Carlos Magno a combater os sarracenos que se instalavam por toda a península Ibérica. Assim, com a Durindana em punho, montado em seu valente e veloz cavalo Vigilante, o jovem vassalo partiu para a Ibéria, em nome da sua fé e do seu imperador. Na empreitada, foi acompanhado pelos também vassalos do rei, Ganelão e Oliveiros. Sob os seu comando estava o mais poderoso dos exércitos, formado pelos paladinos conhecidos como os Doze Pares da França.
De Saragoça a Pamplona, Rolando venceu os invasores sarracenos. Por onde passava, adquiria fama, temor e respeito. Mas quis o destino que o valente vassalo de Carlos Magno fosse traído por Ganelão. O traidor fez um pacto com o rei Marsílio, de Saragoça, para acossar o exército de Rolando e, conseqüentemente, ceifar-lhe a vida.
A grande emboscada aconteceu nos Pirineus, na passagem de Roncesvales. Ali, foram surpreendidos pelos sarracenos. Aos poucos, Rolando viu cair sob a espada inimiga, os seus fiéis soldados. No meio de tão sangrenta batalha, o bom amigo Oliveiros, prometido de Auda, irmã de Rolando, pediu para que ele soasse o olifonte, alertando assim, o exército maior de Carlos Magno, fazendo com que viessem socorrê-los.
Mas as súplicas de Oliveiros foram inúteis, pois Rolando, garboso e destemido cavaleiro, não poderia manchar a sua honra mostrando medo, e recorrendo à ajuda do real do tio. Em reposta, atirou-se ferozmente aos inimigos, matando dezenas deles. Entre os seus mortos estava o filho do rei Marsílio. O próprio monarca teria a mão decepada pela Durindana. Ferido, o rei partiu com parte dos seus soldados. Morreria mais tarde, devido à hemorragia que sofrera. Antes de cerrar os olhos na morte, o rei ordenou que os seus homens vingassem o seu martírio e o do seu filho.
Sob a paisagem dos Pirineus, a batalha entre os sarracenos e o exército de Rolando enchia os campos de sangue. Um a um, Rolando viu tombar os seus valentes soldados. Por fim, assistiu à morte do cavalo Vigilante. Já no final da luta, Rolando decidiu soar o olifonte. Vendo que a morte estava próxima, ele ainda tentou quebrar, em vão, a Durindana, para que não caísse nas mãos dos infiéis. Em um último ato, cravou a espada mágica em uma rocha.
Ao ouvir o olifante soar, Carlos Magno saiu em socorro do sobrinho. Chegara tarde demais, Rolando jazia inerte no chão de Roncesvales. O rei ajoelhou-se diante do corpo do cavaleiro, cobrindo o seu rosto com as suas lágrimas. Jurou ao morto que vingaria a sua morte. Assim, Carlos Magno venceu os líderes sarracenos, executou o traidor Ganelão e conquistou Saragoça. Em silêncio absoluto, moveu o corpo de Rolando até Blaye, enterrando o maior dos heróis dos Doze Pares da França. A Durindana ficou cravada, para sempre, numa rocha no meio do nada, à espera de um novo cavaleiro digno de usá-la.
Lenda medieval
Por sua valentia, Rolando foi designado por Carlos Magno a combater os sarracenos que se instalavam por toda a península Ibérica. Assim, com a Durindana em punho, montado em seu valente e veloz cavalo Vigilante, o jovem vassalo partiu para a Ibéria, em nome da sua fé e do seu imperador. Na empreitada, foi acompanhado pelos também vassalos do rei, Ganelão e Oliveiros. Sob os seu comando estava o mais poderoso dos exércitos, formado pelos paladinos conhecidos como os Doze Pares da França.
De Saragoça a Pamplona, Rolando venceu os invasores sarracenos. Por onde passava, adquiria fama, temor e respeito. Mas quis o destino que o valente vassalo de Carlos Magno fosse traído por Ganelão. O traidor fez um pacto com o rei Marsílio, de Saragoça, para acossar o exército de Rolando e, conseqüentemente, ceifar-lhe a vida.
A grande emboscada aconteceu nos Pirineus, na passagem de Roncesvales. Ali, foram surpreendidos pelos sarracenos. Aos poucos, Rolando viu cair sob a espada inimiga, os seus fiéis soldados. No meio de tão sangrenta batalha, o bom amigo Oliveiros, prometido de Auda, irmã de Rolando, pediu para que ele soasse o olifonte, alertando assim, o exército maior de Carlos Magno, fazendo com que viessem socorrê-los.
Mas as súplicas de Oliveiros foram inúteis, pois Rolando, garboso e destemido cavaleiro, não poderia manchar a sua honra mostrando medo, e recorrendo à ajuda do real do tio. Em reposta, atirou-se ferozmente aos inimigos, matando dezenas deles. Entre os seus mortos estava o filho do rei Marsílio. O próprio monarca teria a mão decepada pela Durindana. Ferido, o rei partiu com parte dos seus soldados. Morreria mais tarde, devido à hemorragia que sofrera. Antes de cerrar os olhos na morte, o rei ordenou que os seus homens vingassem o seu martírio e o do seu filho.
Sob a paisagem dos Pirineus, a batalha entre os sarracenos e o exército de Rolando enchia os campos de sangue. Um a um, Rolando viu tombar os seus valentes soldados. Por fim, assistiu à morte do cavalo Vigilante. Já no final da luta, Rolando decidiu soar o olifonte. Vendo que a morte estava próxima, ele ainda tentou quebrar, em vão, a Durindana, para que não caísse nas mãos dos infiéis. Em um último ato, cravou a espada mágica em uma rocha.
Ao ouvir o olifante soar, Carlos Magno saiu em socorro do sobrinho. Chegara tarde demais, Rolando jazia inerte no chão de Roncesvales. O rei ajoelhou-se diante do corpo do cavaleiro, cobrindo o seu rosto com as suas lágrimas. Jurou ao morto que vingaria a sua morte. Assim, Carlos Magno venceu os líderes sarracenos, executou o traidor Ganelão e conquistou Saragoça. Em silêncio absoluto, moveu o corpo de Rolando até Blaye, enterrando o maior dos heróis dos Doze Pares da França. A Durindana ficou cravada, para sempre, numa rocha no meio do nada, à espera de um novo cavaleiro digno de usá-la.
Lenda medieval