Os Doze de Inglaterra é o nome atribuído a uma história metade lenda metade verdade que é contada por Fernão Veloso e que terá acontecido no reinado de D. João I de Portugal e que demonstra uma história típica da conduta da Hora e comportamento da Cavalaria medieval.
É uma história cavalheiresca passada na Europa medieval, que conta que doze damas inglesas foram ofendidas por doze nobres, também ingleses que alegavam que elas não eram dignas do nome “damas” visto as vidas que levavam e desafiavam quem quer que fosse para as defender com a força da espada.
As damas em questão viram-se na necessidade de pedir ajuda a amigos e parentes, tendo todos eles recusado a ajuda. Já não sabendo mais o que fazer decidiram pedir ajuda e conselho ao Duque de Lencastre que tinha combatido pelos portugueses contra o reino de Castela e conhecia bem os portugueses. Assim este indicou-lhe doze Cavaleiros lusitanos capazes de defender a honra das referidas Damas.
Logo que tiveram conhecimento do possível apoio, cada uma das Damas escreveu a cada um dos doze cavaleiros portugueses e até ao rei D. João I de Portugal. Junto com as cartas chegou também o pedido do Duque de Lencastre.
Mediante o escrito nas cartas toda a corte se sentiu ofendida, e visto que o povo português era um povo cavalheiro e defensor da honra, logo se deu a partida dos Doze para Inglaterra.
Onze dos Cavaleiros terão seguido por mar, mas o mais valente de todos, conhecido como "O Magriço", decidiu seguir no seu cavalo por terra para "conhecer terras e águas estranhas, várias gentes e leis e várias manhas", garantindo no entanto que estaria presente no local e na data certa.
Acontece que, quando chegou o dia do tornéio "o Magriço" não estava presente para desespero dos seus companheiros que se viam reduzidos a onze cavaleiros contra os doze cavaleiros de Inglaterra.
As damas estavam já vestidas de preto, visto que toda uma hora se estava a perder. Mas no último momento e para alegria dos seus companheiros "o Magriço" apareceu e o combate foi travado com glória para os portugueses que ganharam o confronto.
Depois de terminadas as contendas foram recebidos pelo duque de Lencastre no seu palácio que lhes ofereceu muitas festas e horas como prova de apreço e gratidão.