Na cidade de Bássora vivia um sultão muito sábio, rico, generoso, cheio de bondade e valentia.
Um dia, esse sultão saiu para passear sozinho pelos arredores de seu palácio, quando avistou quatro homens, com atitude agressiva, rodeando uma mulher, que escondia o rosto com as mãos descarnadas.
Ao serem surpreendidos pelo soberano, ficaram mudos de espanto e medo.
- Que fez esta mulher? - perguntou, sereno, o sultão.
- É uma ladra ó senhor! - respondeu um dos homens - Foi pega por nós roubando frutas de seu pomar.
- Roubei para meus filhinhos - soluçava a mulher - eles têm fome...
- A lei é clara, ó rei generoso - interrompeu-a um dos homens - diz que se deve cortar a mão direita do ladrão. Estou bem certo, ó rei, que é esse castigo que cabe a esta pecadora.
- Na minha opinião, esta pobre mulher deve ser perdoada, afinal, só quis pegar comida para os filhos. E, uma mãe desesperada que rouba para matar a fome de um filho merece nossa simpatia e faz jus ao nosso perdão. Mas, como a lei deve ser obedecida, ela vai ser castigada com impiedoso rigor. Penso, porém, que o castigo dado a um ladrão ainda é pouco para este pecado tão grave que esta infeliz cometeu. Determino que ela seja imediatamente apedrejada!
Esta determinação causou total espanto entre os homens, afinal, um sultão tão bom iria dar um castigo tão rigoroso como este?
- Vizir, atire a primeira pedra!
- Mas eu não tenho pedra alguma aqui, ó senhor!
- Então atirai esta que prende em seu turbante! - ordenou o rei.
Diante desta ordem, o vizir não teve outra saída. Com grande mágoa no coração, atirou a valiosa gema, que lhe servia de adorno, aos pés da mulher.
- Agora vós, Namã! Atirai estas pedras que brilham em vossos dedos!
- Os três homens, um a um, tiveram que se desfazer dos preciosos anéis que brilhavam em seus dedos.
Voltando-se para a mulher, disse-lhe o sultão:
- Apanhe todas estas "pedras" minha filha! Terás aí o que comprar, por toda a vida, o pão e o agasalho para seus filhinhos...Estás livre!
A pobre mulher, as lágrimas de gratidão escorrendo em seu rosto, beijou a mão do rei, tão bondoso, que era capaz de fazer a bondade, castigando ao mesmo tempo, quatro homens malvados, sem coração.
Um dia, esse sultão saiu para passear sozinho pelos arredores de seu palácio, quando avistou quatro homens, com atitude agressiva, rodeando uma mulher, que escondia o rosto com as mãos descarnadas.
Ao serem surpreendidos pelo soberano, ficaram mudos de espanto e medo.
- Que fez esta mulher? - perguntou, sereno, o sultão.
- É uma ladra ó senhor! - respondeu um dos homens - Foi pega por nós roubando frutas de seu pomar.
- Roubei para meus filhinhos - soluçava a mulher - eles têm fome...
- A lei é clara, ó rei generoso - interrompeu-a um dos homens - diz que se deve cortar a mão direita do ladrão. Estou bem certo, ó rei, que é esse castigo que cabe a esta pecadora.
- Na minha opinião, esta pobre mulher deve ser perdoada, afinal, só quis pegar comida para os filhos. E, uma mãe desesperada que rouba para matar a fome de um filho merece nossa simpatia e faz jus ao nosso perdão. Mas, como a lei deve ser obedecida, ela vai ser castigada com impiedoso rigor. Penso, porém, que o castigo dado a um ladrão ainda é pouco para este pecado tão grave que esta infeliz cometeu. Determino que ela seja imediatamente apedrejada!
Esta determinação causou total espanto entre os homens, afinal, um sultão tão bom iria dar um castigo tão rigoroso como este?
- Vizir, atire a primeira pedra!
- Mas eu não tenho pedra alguma aqui, ó senhor!
- Então atirai esta que prende em seu turbante! - ordenou o rei.
Diante desta ordem, o vizir não teve outra saída. Com grande mágoa no coração, atirou a valiosa gema, que lhe servia de adorno, aos pés da mulher.
- Agora vós, Namã! Atirai estas pedras que brilham em vossos dedos!
- Os três homens, um a um, tiveram que se desfazer dos preciosos anéis que brilhavam em seus dedos.
Voltando-se para a mulher, disse-lhe o sultão:
- Apanhe todas estas "pedras" minha filha! Terás aí o que comprar, por toda a vida, o pão e o agasalho para seus filhinhos...Estás livre!
A pobre mulher, as lágrimas de gratidão escorrendo em seu rosto, beijou a mão do rei, tão bondoso, que era capaz de fazer a bondade, castigando ao mesmo tempo, quatro homens malvados, sem coração.
Lenda árabe