Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos: empregados. E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.
E, não tendo ele com que pagar o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
Então, aquele servo, prostrando-se o reverenciava dizendo: Senhor, sê generoso para comigo e tudo te pagarei.
Então: o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe dizendo: Sê generoso para comigo e tudo te pagarei.
Ele, porém, não quis: antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tú, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes cada um a seu irmão as suas ofensas.
Parábolas de Jesus
Evangelho de Mateus cap.18 vers. 23-35
Evangelho de Mateus cap.18 vers. 23-35