31/12/2010

Lenda da Noite de S. Silvestre

Segundo diz a lenda, existia, há muitos anos, no oceano Atlântico uma ilha fabulosa, a Atlântida. Arrogante, o rei da ilha ousou desafiar os céus. Deus respondeu-lhe que nada poderia contra o poder divino. Mas o teimoso rei voltou a desafiá-lo e decidiu conquistar Atenas. Durante a batalha, o rei da Atlântida ouviu Deus dizer-lhe que a vitória seria de Atenas para castigar a sua arrogância. À derrota, seguiram-se terríveis tempestades, terramotos e inundações que engoliram a bela Atlântida para todo o sempre.
Passadas centenas de anos, a Virgem Maria debruçava-se dos céus sobre o oceano quando São Silvestre lhe veio falar. Aquela era a última noite do ano e São Silvestre achava que deveria significar algo de diferente para os homens. Deveria marcar uma fronteira entre o passado e o futuro, dando-lhes a possibilidade de se arrependerem dos seus erros e de terem esperança numa vida melhor. Nossa Senhora concordou e revelou-lhe o motivo por que estava a observar o mar com uma certa tristeza. Lembrava-se da bela Atlântida afundada por Deus por causa dos pecados dos seus habitantes. Enquanto falava, Nossa Senhora deixava cair lágrimas de tristeza e misericórdia porque, apesar do castigo, a humanidade não se tinha emendado. São Silvestre reparou que não eram apenas lágrimas que caíam dos olhos da Senhora, mas também pérolas autênticas. Uma delas, ao cair no local onde a Atlântida tinha existido, originou a ilha da Madeira. Esta ficou conhecida como a Pérola do Atlântico.