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08/03/2011

Pão, pão? queijo, queijo



Num banco de jardim
À hora da merenda,
O João e o Joaquim
Dispensam legenda.


O João vai ao saco
E põe-se a comer
Um pão e só pão.
Não há que saber.


Agora é o Joaquim
Que no mesmo ensejo
Destapa do saco
Um naco de queijo.


Mastigam, mastigam
Untando o sabor,
Embora o não digam
Já soube a melhor.


Comer sempre queijo,
Comer sempre pão,
Já chega e sobeja,
Já causa aversão.


?Troquemos, Joaquim!"
?Pois sim, ó João!"
E o pão e o queijo
Mudaram de mão.


?Agora sim, ó Joaquim!"
?Agora sim, ó João!"
Mas, passado um bocejo,
Parece que não.


E eis senão quando
Os dois mastigantes
Decidem voltar
Ao que comiam dantes.


Mas pensam para a frente
Para trás e para o lado
E assim inventaram
O nunca provado.


Inventam o pão com queijo
Ou o queijo com pão,
Provam tudo a meias.
Que grande invenção!


Um bocado de queijo,
Um bocado de pão.
?Para ti, ó Joaquim"
?Para ti, ó João"


Que desta simples história
Escrita sem preceito
Que mais não consigo
Tirem bom proveito.


E comam pão com queijo
Com um vosso amigo.