No Domingo de Ramos, na Beira Baixa, nunca se apanhava erva para os animais, não se fazia nada na terra. Nada, nada, nada. E então, na véspera é que se apanhava comida para os animais, apanhava a hortaliça para comer, apanhava tudo. Porque se no dia, no dia de Ramos, Jesus, andou, andava fugido dos fariseus, andava fugido nos campos. E, e os fariseus atrás de Jesus, e há uma árvore (com a certeza) que é, um género de um chorão, que cresce, em vez de crescer para cima, cresce para baixo, não é!? Essas árvores até são mais árvores de quintal, de jardim, e isso. Uma pessoa nunca se sabe. E isso, que Jesus foi, e escondeu-se por baixo de uma árvore dessas. Os fariseus estavam muito perto, e então, a árvore foi para tapar Jesus virou-se toda ao contrário, virou as hastes todas para baixo para tapar Jesus. E daí para a frente ficou sempre a crescer ao contrário, sempre a crescer, nunca sobe para cima, cresce sempre para baixo.
Covilhã
(recolha oral)
(recolha oral)