Na região do Minho, a caminho de Ponte de Lima, fica a serra da Nó. Diz o povo que sob a terra há um belíssimo castelo cheio de fabulosas riquezas e habitado por Abakir e Zaida. Se alguém tiver coragem para escavar bem fundo a terra, encontrará ainda hoje tudo quanto um dia foi submergido por forças ocultas e estranhas, despertadas pelo poderoso alcaide.
Conta a lenda que há muitos séculos atrás, no tempo da reconquista cristã, havia no alto da serra um castelo maravilhoso onde reinava Abakir, o mouro ao qual os cristãos chamavam o Feroz. Abakir era um homem sedento de todos os poderes e prazeres terrenos. Possuía um harém com algumas das mais lindas mulheres do mundo. Em tempo de tréguas com os cristãos, dividia os dias entre a montaria e as suas mulheres.
Um dia, Abakir, deu-se conta de que havia uma mulher no seu harém diferente das outras. Apesar de o tratar com ternura e afagos, como as outras, fazia-o com uma indiferença tal que ele acabou por o sentir. Ficou espantado. Como não estava habituado a ser tratado daquele modo, tratou de a cativar. Abakir deu por si a amá-la e, pouco a pouco, Zaida abandonou a indiferença dos gestos vazios .
Foi um amor tresloucado, tão louco e esquecido de tudo que Abakir mandou embora as mulheres do seu harém e jamais tornou a lembrar-se de governar o seu povo, de guardar a sua gente. O seu descuido era tal que, certo dia, foi surpreendido pela notícia de que os cristãos sitiavam o seu castelo. Achou-se então abandonado pelos seus guerreiros, que haviam partido para outros castelos onde os alcaides estivessem atentos às suas necessidades de soldados.
Ao ver que nada e ninguém o poderia salvar e que não havia fuga possível, Abakir pegou em Zaida pela mão e levou-a até uma pequena sala repleta de coxins de seda e damasco. Agarrou-lhe as duas mãos e concentrou-se silenciosa e profundamente. Pronunciou palavras misteriosas e, num segundo, os cristãos viram-se a sitiar coisa nenhuma: o castelo, os seus habitantes e as suas fabulosas riquezas desapareceram nas profundezas da terra.
Abakir e Zaida ainda podem ser vistos em noites de luar, vigiando a serra para não serem perturbados no seu amor e aparecendo àqueles que ousam tentar descobrir o mistério do castelo encantado!
Conta a lenda que há muitos séculos atrás, no tempo da reconquista cristã, havia no alto da serra um castelo maravilhoso onde reinava Abakir, o mouro ao qual os cristãos chamavam o Feroz. Abakir era um homem sedento de todos os poderes e prazeres terrenos. Possuía um harém com algumas das mais lindas mulheres do mundo. Em tempo de tréguas com os cristãos, dividia os dias entre a montaria e as suas mulheres.
Um dia, Abakir, deu-se conta de que havia uma mulher no seu harém diferente das outras. Apesar de o tratar com ternura e afagos, como as outras, fazia-o com uma indiferença tal que ele acabou por o sentir. Ficou espantado. Como não estava habituado a ser tratado daquele modo, tratou de a cativar. Abakir deu por si a amá-la e, pouco a pouco, Zaida abandonou a indiferença dos gestos vazios .
Foi um amor tresloucado, tão louco e esquecido de tudo que Abakir mandou embora as mulheres do seu harém e jamais tornou a lembrar-se de governar o seu povo, de guardar a sua gente. O seu descuido era tal que, certo dia, foi surpreendido pela notícia de que os cristãos sitiavam o seu castelo. Achou-se então abandonado pelos seus guerreiros, que haviam partido para outros castelos onde os alcaides estivessem atentos às suas necessidades de soldados.
Ao ver que nada e ninguém o poderia salvar e que não havia fuga possível, Abakir pegou em Zaida pela mão e levou-a até uma pequena sala repleta de coxins de seda e damasco. Agarrou-lhe as duas mãos e concentrou-se silenciosa e profundamente. Pronunciou palavras misteriosas e, num segundo, os cristãos viram-se a sitiar coisa nenhuma: o castelo, os seus habitantes e as suas fabulosas riquezas desapareceram nas profundezas da terra.
Abakir e Zaida ainda podem ser vistos em noites de luar, vigiando a serra para não serem perturbados no seu amor e aparecendo àqueles que ousam tentar descobrir o mistério do castelo encantado!
Fernanda Frazão, Lendas Portuguesas