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09/03/2011

O menino pastor e o lobo



Um pastor que levou suas ovelhas para pastar em uma aldeia distante gostava de fazer a seguinte brincadeira: gritava "os lobos estão atacando!" E chamava pelo socorro dos habitantes locais. Duas, três vezes, os moradores ficaram com medo e fugiram da cidade, para depois voltarem rindo. Mas os lobos terminaram atacando de verdade. Como estavam devorando os carneiros, o pastor gritou por socorro. Os moradores pensaram que fosse mais uma brincadeira e não lhe deram nenhuma atenção. Foi assim que o pastor perdeu seu rebanho.

Ninguém acredita no mentiroso mesmo quando diz a verdade.


Fábulas de Esopo

O burro e o cachorrinho



Um homem tinha um burro e um cachorrinho. O cachorro era muito bem cuidado por seu dono, que brincava com ele, deixava que dormisse no seu colo e sempre que saía para um jantar voltava trazendo alguma coisa boa para ele. O burro também era muito bem cuidado por seu dono. Tinha um estábulo confortável, ganhava muito feno e muita aveia, mas em compensação tinha que trabalhar no moinho moendo trigo e carregar cargas pesadas do campo para o paiol. Sempre pensava na vida boa do cachorrinho, que só se divertia e não era obrigado a fazer nada, o burro se chateava com a trabalheira que ficava por conta dele.
"Quem sabe se eu fizer tudo o que o cachorro faz nosso dono me trata do mesmo jeito?", pensou ele.
Pensou e fez. Um belo dia soltou-se do estábulo e entrou na casa do dono saltitando como tinha visto o cachorro fazer. Só que, como era um animal grande e atrapalhado, acabou derrubando a mesa e quebrando a louça toda. Quando tentou pular para o colo do dono, os empregados acharam que ele estava querendo matar o patrão e começaram a bater nele com varas até ele fugir da casa correndo. Mais tarde, todo dolorido em seu estábulo, o burro pensava: "Pronto, me dei mal. Mas bem que eu merecia. Por que não fiquei contente com o que eu sou em vez de tentar copiar as palhaçadas daquele cachorrinho?"

Moral: É burrice tentar ser uma coisa que não se é.


Fábulas de Esopo

08/03/2011

Pão, pão? queijo, queijo



Num banco de jardim
À hora da merenda,
O João e o Joaquim
Dispensam legenda.


O João vai ao saco
E põe-se a comer
Um pão e só pão.
Não há que saber.


Agora é o Joaquim
Que no mesmo ensejo
Destapa do saco
Um naco de queijo.


Mastigam, mastigam
Untando o sabor,
Embora o não digam
Já soube a melhor.


Comer sempre queijo,
Comer sempre pão,
Já chega e sobeja,
Já causa aversão.


?Troquemos, Joaquim!"
?Pois sim, ó João!"
E o pão e o queijo
Mudaram de mão.


?Agora sim, ó Joaquim!"
?Agora sim, ó João!"
Mas, passado um bocejo,
Parece que não.


E eis senão quando
Os dois mastigantes
Decidem voltar
Ao que comiam dantes.


Mas pensam para a frente
Para trás e para o lado
E assim inventaram
O nunca provado.


Inventam o pão com queijo
Ou o queijo com pão,
Provam tudo a meias.
Que grande invenção!


Um bocado de queijo,
Um bocado de pão.
?Para ti, ó Joaquim"
?Para ti, ó João"


Que desta simples história
Escrita sem preceito
Que mais não consigo
Tirem bom proveito.


E comam pão com queijo
Com um vosso amigo.

A Gralha e a Ovelha



Uma Gralha ociosa pousou sobre o pescoço da Ovelha, e ali a repelava, e lhe tirava a lã, picando-a por entre ela. Virou a Ovelha o rosto, dizendo:
- Esta manha ruim e antiga havereis de deixá-la esquecer, que podeis ir picar um rafeiro no pescoço e matar-vos-á levemente.
Respondeu a Gralha:
- Já sou velha, e muito feia e conheço a quem posso agravar e a quem devo afagar. Não temas que me ponha no pescoço do cão, senão no teu, que me não podes fazer mal.


Fábulas de Esopo
(Século VI a.c.)

O burro e seu condutor



Um burro que estava sendo conduzido por uma estrada conseguiu se soltar de seu condutor e saiu correndo o mais depressa que pôde, na direção de um precipício.
Já ia caindo quando seu condutor chegou correndo e conseguiu segurar seu rabo.
Começou a puxar o burro pelo rabo com toda a força, tentando levar o animal para um lugar seguro.
O burro, porém, aborrecido com a interferência, fazia força na direção oposta, e o homem acabou sendo obrigado a largá-lo.
- Bom, Jack – disse o condutor -, se você quer dar as ordens, não posso impedi-lo.

Moral: Os animais teimosos devem seguir seus caminhos.


Fábulas de Esopo

07/03/2011

O lobo e o pastor


Um lobo acompanhava tranquilamente um rebanho de carneiros. No começo, o pastor o vigiava como a um inimigo e o observava com o canto do olho. Mas, como o lobo o acompanhasse sempre sem dar o menor sinal de agressividade, ele disse para si mesmo que havia ali antes um guarda que um inimigo mal-intencionado. Foi por isso que, ao ser chamado para resolver alguns problemas na cidade, o pastor deixou seus carneiros com o lobo e se foi. O lobo viu o momento propício: lançou-se sobre os carneiros e estraçalhou quase todos. De volta, o pastor viu seu rebanho dizimado e exclamou:
- Pobre de mim! É a justiça. Como fui confiar meus carneiros a um lobo?

Moral: Quem confia seus bens a quem só pensa em lucro está apostando na perda.


Fábulas de Esopo

06/03/2011

Khufu e o mago Djedi



O príncipe Djedefhor levantou-se para Falar: "Até agora, a tua majestade só ouviu historias sobre prodígios efetuados por homens sábios de outros tempos. E impossível saber se essas histórias são verdadeiras ou falsas. Mas o que se poderá dizer sobre os feitos de um homem deste tempo que a tua majestade não conhece?"
E sua majestade disse: "Que feitos são esses, meu £ilho?"
Respondeu Djedethor: "Existe um homem chamado Djedli que mora em Djedseneferu, justificado. Tem cento e dez anos de idade, come quinhentos pães, metade de um boi e cem jarros de cerveja, e sabe recolocar uma cabeça separada do corpo, fazer um leão caminhar calmamente atrás dele e ainda sabe o número das câmaras secretas do santuário de Toth."
Ora a majestade do rei Khufu, justificado, sempre quisera saber o número dessas câmaras, a fim de reproduzi-las no seu horizonte. Por isso, mandou que Djedefhor fosse buscar Djedi.
Logo que os barcos de viagem ficaram prontos, Djedefhor partiu da residência real e viajou para sul, rumo a Djedseneferu, justificado, subindo o Nilo. Quando os barcos chegaram à margem, ele seguiu pela estrada sentado numa liteira com varais de ébano cobertos por folha de ouro.
Quando chegou a casa de Djedi, a liteira foi baixada para terra. Então ele levantou-se para saudar Djedi, que estava sentado sobre uma esteira a entrada de casa. Um servidor cobria-lhe a cabeça com ungüento, enquanto outro lhe massageava os pés.
Então o príncipe Djedefhor disse: "O teu estado é semelhante ao de um homem que ainda não atingiu a velhice, se bem que na realidade estejas já envelhecido, perto do momento da morte e do enterro. Estás no estado de um homem que dome de noite sem problemas, que não tem doenças nem acessos de tosse."
É assim que se saúda uma pessoa venerável.


[E Djedefhor disse:] "Vim aqui para te chamar, da parte de meu pai Khufu, justificado. Comerás belos manjares dados pelo rei a quem o serve, e ele far-te-a, depois de uma vida feliz, um belo sepultamento junto a teus pais, que estão na necrópole."
Então Djedi respondeu: "Em paz, em paz, Djedefhor, filho real amado de seu pai Que te recompense o teu pai Khufu, justificado. Que ele te promova entre os anciãos. Possa o teu ka lutar contra o teu inimigo e o teu ka conhecer os caminhos que te levam a porta de Hebesbag."
E assim que se saúda um filho de rei.
Então o príncipe Djedefhor estendeu-lhe as mãos e ajudou Djedi a erguer-se, caminhando com ele de mão dada ate à margem. Em seguida, Djedi disse: "Faz com que me cedam uma barca, para que eu possa levar os meus filhos e os meus livros.>~
Duas barcas com a sua equipagem foram então colocadas a disposição de Djedi, o qual embarcou no barco onde seguia o príncipe Djedefhor. Quando chegaram à corte, o príncipe Djedefhor entrou antes para pôr ao corrente a majestade do rei Khufu, justificado.
Então o prínncipe Djedefhor disse: "Soberano, vida, força e saúde, meu senhor, trouxe comigo Djedi."
Sua majestade respondeu: "Vai e trá-lo aqui."
Depois, sua majestade entrou na grande sala do palácio, vida, força e saúde, e Djedi foi introduzido lá.
Perguntou sua majestade: "Como foi que até ao presente eu nunca te vi, Djedi?".
Respondeu Djedi: "só quem é chamado é que vem, soberano, vida, força e saúde, agora fui chamado e vim."
E perguntou sua majestade: "É verdade, segundo o que se conta, que podes juntar ao corpo uma cabeça cortada?"
Djedi respondeu: "Sim, sei fazer isso, soberano, vida, força e saúde, meu senhor."
Então sua majestade disse: "Tragam-me o prisioneiro que está na prisão para ser executado."
Mas Djedi respondeu: "Não, um ser humano, soberano, vida, força e saúde, meu senhor, porque é proibido fazer semelhante coisa ao gado sagrado [dos deuses]..."
Então trouxeram-lhe um ganso a quem tinham cortado a cabeça, colocando-se o ganso no canto oeste da grande sala e a cabeça no lado leste da grande sala. Djedi pronunciou algumas palavras mágicas, e o ganso ergueu-se, cambaleando, e a cabeça fez o mesmo. Quando as duas partes se juntaram, o ganso levantou-se, grasnando. Depois ele fez o mesmo com outro ganso. E sua majestade mandou que lhe trouxessem um boi cuja cabeça tinha sido cortada. Djedi pronunciou algumas palavras mágicas, e o boi ergueu-se perante ele.
E disse Khufu: "É verdade, como ouvi dizer, que sabes o número de câmaras secretas que há no santuário de Toth?"
Djedi respondeu: "Permita-me a tua majestade dizer que o número não sei, soberano, vida, força e saúde, meu senhor, mas sei onde pode ser encontrado."
Sua majestade perguntou: "Onde está"
Djedi respondeu: "Num cofre de pedra que está numa câmara do templo de Heliópolis, chamada câmara do inventário".
E sua majestade disse: "Vai então buscá-lo para mim."
Djedi respondeu: "Soberano, vida, força e saúde, meu senhor, não posso trazê-lo. Isso tem de ser feito pelo mais velho dos três filhos que estão no ventre de Reddjedet."
E sua majestade disse: "Então que se faça isso. Mas afinal quem e essa Reddjedet?"
Djedi respondeu: "É a esposa de um sacerdote de Rá, senhor de Sakhebu, que está grávida de três crianças de Rá, senhor de Sakhebu. O deus disse que eles exerceriam essa função benéfica de rei e que o primo-gênito deles seria o grande dos videntes em Heliópolis..."
Ao ouvir isso, o coração de sua majestade caiu na tristeza, mas Djedi disse-lhe: "Mas o que e essa tristeza, soberano, vida, força e saúde, meu senhor? É por causa das três crianças? Nota que tu, depois o teu filho e depois o filho dele reinarão antes do primeiro dos filhos de Reddjedet..."
Então sua majestade perguntou: "Quando é que Reddjedet dará a luz?>~
Djedi respondeu: "No décimo quinto dia do primeiro mês do Inverno".
E sua majestade disse: "Ora é justamente nessa altura que os bancos de areia do canal dos Dois Peixes ficam a descoberto, servidor. Já passei por lá. de barco para ver o templo de Re, senhor de Sakhebu."
E Djedi respondeu: "Pois bem, farei com que haja quatro covados de água sobre os bancos de areia do canal dos Dois Peixes..."
Então sua majestade entrou no seu palácio e disse: "Que Djedi entre na casa do príncipe Djedefhor e que viva com ele e que lhe sejam asseguradas rações alimentares de mil pães, cem jarros de cerveja, um boi e cem vegetais..."
E tudo foi Leito de acordo com o que sua majestade tinha ordenado.


Contos e Lendas da Mitologia Egípcia

05/03/2011

O lobo e o cordeiro



Ao ver um cordeiro à beira de um riacho, o lobo quis devorá-lo, mas era preciso ter uma boa razão. Apesar de estar na parte superior do riacho, acusou-o de sujar sua água, o que o impedia de matar a sede. O cordeiro se defendeu: - Eu bebo com a ponta dos lábios e, mesmo, como ia sujar a água se ela está vindo daí de cima, onde tu estás? Como ficou sem saber o que dizer, o lobo replicou: - Sim, mas no ano passado insultaste meu pai. O carneiro respondeu: -Eu nem era nascido... O lobo não se calou: - Podes te defender como quiseres que não deixarei de te devorar. Quando alguém está disposto a nos prejudicar de nada adianta nos defendermos.


Fábulas de Esopo

Elias

Elias-7

No terceiro ano da seca, o SENHOR Deus disse a Elias: — Vá apresentar-se ao rei Acabe, pois eu vou mandar chover. Então Elias saiu para se apresentar a Acabe. Naquela época, o administrador do palácio se chamava Obadias, ele era um fiel adorador do Senhor. Um dia, Obadias estava andando quando, de repente, se encontrou com Elias. Ele reconheceu Elias e se ajoelhou diante dele, Elias disse: — Vá dizer ao seu patrão, o rei, que eu estou aqui. Mas Obadias disse: – Pode ser que logo que eu sair daqui o Espírito do SENHOR o leve para algum lugar desconhecido. Aí, quando eu contar a Acabe que o senhor está aqui, e ele não puder encontrá-lo, ele me matará. Lembre que desde menino eu tenho sido um fiel adorador de Deus, o SENHOR. Por acaso, não lhe contaram que, quando Jezabel estava matando os profetas de Deus, eu escondi cem deles em cavernas, em dois grupos de cinqüenta, e providenciei comida e água para eles? Elias respondeu: — Pelo SENHOR Todo-Poderoso, a quem sirvo, eu prometo que hoje vou me apresentar ao rei. Então Obadias foi encontrar-se com Acabe e lhe contou o que havia acontecido. Aí Acabe saiu para se encontrar com Elias. Quando viu o profeta, Acabe disse: — Então é você que está aí, você, o maior criador de problemas de Israel! — Eu não sou criador de problemas para o povo de Israel! — respondeu Elias. — Você e o seu pai é que são criadores de problemas, pois abandonaram os mandamentos do SENHOR Deus e adoraram as imagens de Baal. Portanto, ordene agora a todo o povo de Israel que vá encontrar-se comigo no monte Carmelo. Mande também os quatrocentos e cinqüenta profetas do deus Baal. Já no Monte Carmelo, Elias chegou perto do povo e disse: — Até quando vocês vão ficar em dúvida sobre o que vão fazer? Se o SENHOR é Deus, adorem o SENHOR; mas, se Baal é Deus, adorem Baal! Agora tragam dois touros, e que os profetas de Baal matem um deles, corte em pedaços e ponham em cima da lenha, mas não ponham fogo! Eu farei a mesma coisa com o outro touro. E aí os profetas de Baal vão orar ao seu deus, e eu orarei ao SENHOR. O deus que responder mandando fogo, este é que é Deus. Os profetas de Baal pegaram o touro que havia sido trazido para eles, e o prepararam, e oraram a Baal desde a manhã até o meio-dia. Elias começou a caçoar deles. Ele dizia: — Orem mais alto, pois ele é deus! Pode ser que esteja meditando ou que tenha ido ao banheiro. Talvez ele tenha viajado ou talvez esteja dormindo, e vocês terão de acordá-lo! Aí os profetas oraram mais alto porém não se ouviu nenhum som. Elias pegou doze pedras, uma para cada uma das doze tribos que tinham os nomes dos filhos de Jacó, o homem a quem o SENHOR tinha dado o nome de Israel. Com essas pedras Elias reconstruiu o altar para a adoração do SENHOR. Depois cavou em volta uma valeta em que cabiam mais ou menos doze litros de água. Em seguida colocou lenha no altar, cortou o touro em pedaços e os pôs em cima da lenha. Então disse: — Encham quatro jarras com água e derramem sobre o animal sacrificado e sobre a lenha. Eles fizeram e repetiram mais duas vezes. O profeta Elias chegou perto do altar e orou. Então o SENHOR mandou fogo que queimou o sacrifício, a lenha, as pedras, a terra e ainda secou a água que estava na valeta. Quando viram isso, os israelitas se ajoelharam, encostaram o rosto no chão e gritaram: O SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!

1 Reis 18:17-39

O corvo ganancioso



Era uma vez uma boa pomba que vivia em um ninho próximo a uma cozinha. Os cozinheiros dali gostavam dela, e costumavam alimentá-la com grãos. Ela gostava do local, e tinha uma boa vida. Certo dia um corvo viu a pomba, e viu a maravilhosa comida que ela conseguia da cozinha. Assim, ele fez logo amizade com a pomba, e, sob esse pretexto, passou a compartilhar o ninho com ela. A pomba disse-lhe, então, que eles podiam passar o tempo discutindo política, religião ou outros assuntos afins, mas, em se tratando de comida, cada qual deveria cuidar de si mesmo. O corvo, então, impacientou-se, pois a comida era o único motivo pelo qual estava ali. Ele queria carne, mas tudo que a pomba conseguia da cozinha eram grãos.
Ele não mais podia esperar, e decidiu ir até a própria cozinha em busca de seu alimento. Assim, ele cautelosamente desceu pela chaminé da cozinha, onde sentiu um maravilhoso cheiro de peixe fritando na panela. O corvo não pôde resistir, e avançou pela cozinha em busca do peixe frito. Mas, no caminho, ele derrubou uma jarra, fazendo um grande barulho. A agitação alertou um cozinheiro que estava no aposento ao lado da cozinha, e ele logo capturou e matou o corvo.

Moral: A Ganância entorpece a Inteligência.


Histórias Hindus

04/03/2011

O cego e o sol



Era uma vez um cego de nascença. Nunca tinha visto o sol e perguntava como ele era para as pessoas. Alguém lhe disse: “é como uma bandeja de latão”, e quando o cego, um dia, deu com uma bandeja pendurada, ouviu o som de metal e guardou-lhe como recordação do sol. Um dia, porém, tocaram sinos de bronze e o cego pensou que era o sol. Até que alguém lhe disse: “a luz do sol, na verdade, é como uma vela”. Um dia, o cego apalpou a vela e pensou que esta era a forma do sol. Assim, um dia encontrou um pedaço de bambu no chão e pensou tratar-se do sol. O Sol é muito diferente do sino ou do bambu, mas o cego não pode ver isso porque nunca viu o sol. O Tao é mais difícil de ver do eu o sol, e por isso os homens são com o cego. Ainda que vocês façam comparações, exemplos e tratados, o Tao será como o sol para o cego, parecido com uma bandeja, com um sino ou um bambu. Sempre imaginaremos uma coisa, esquecendo de outra. Assim, os homens se afastam cada vez mais da verdade, dando lhe aparências através de nomes. Todos estes enganos são tentativas de compreender o Tao.

(De Su Tungp’o)

03/03/2011

O asno e o cãozinho

Um homem que tinha um cão de Malta e um asno passava o tempo brincando com o primeiro. Quando ia jantar fora, trazia um pedaço de carne e o dava ao animal, que vinha balançando o rabo.
Um dia, tocado pela inveja, o asno foi ao encontro do dono e, querendo pular igual ao cão, terminou dando-lhe um coice. Furioso, o dono deu-lhe uma surra e ordenou que o amarrassem a um poste.

Moral: A cada qual a sua maneira de ser.


Fábulas de Esopo

02/03/2011

A Tartaruga e os Patos


Era uma vez uma Tartaruga que queria conhecer o mundo. Confiou este seu desejo a dois Patos que viviam perto dela, numa lagoa.
Um belo dia, a lagoa secou e os Patos prepararam-se para partir. Antes, porém, foram despedir-se da sua amiga e fizeram-lhe um convite:
- Se quiseres, podes vir conhecer o mundo connosco. Cada um de nós segura a ponta de um ramo e tu agarras-te bem a ele com a boca. Assim, ficarás em segurança e poderás ver, lá do alto, cidades e reinos maravilhosos.
A Tartaruga nem pensou duas vezes: aceitou o convite e, nesse mesmo dia, partiram todos à aventura. Sobrevoaram aldeias, cidades e reinos de encantar. Quando passavam por cima de um campo, os camponeses admiraram-se com o que viram e gritaram:
- Vejam! Vejam! Uma Tartaruga a voar!
- Como sou extraordinária! - gritou a Tartaruga cheia de orgulho.
Porém, assim abriu a boca, largou o ramo e estatelou-se no chão.

Moral da história:
Aceita o triunfo com modéstia.


Fábulas de La Fontaine

01/03/2011

A Cerva na gruta do Leão



Uma cerva que fugia de uns caçadores, chegou a uma gruta onde não sabia que morava o leão. Entrando nela para se esconder, caiu nas garras do leão. Vendo-se sem remédio, perdida, exclamou:
- Infeliz de mim! Fugindo dos homens, caí nas garras de um feroz animal.

Moral da Estória:
Se tratas de sair de um problema, busca uma saída que não seja cair em outro.


Fábulas de Esopo
(Século VI a.c.)

O asno e o seu amo



Um asno que conduzia seu amo trotava por um caminho fácil, mas depois seguiu por um caminho difícil, muito escarpado. Como ia caindo no fundo de um precipício, o homem agarrou-o pela cauda e fez tudo para o asno desistir da viagem. Mas o asno resistiu com todas as suas forças, de modo que o homem o largou dizendo: "Está bem, venceste, mas ao mesmo tempo encontraste tua derrota".


Fábulas de Esopo