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09/05/2010

Branwen, A Filha de Llyr




Bendigeid Vran, o filho de Llyr, foi coroado rei dessa ilha, e foi exaltado pela coroa de Londres. E uma noite ele estava em Harlech no Ardudwy, em sua corte, e sentou sobre a rocha de Harlech, olhando para o mar. E com ele estava seu irmão Manawyddan filho de Llyr, e seus irmãos por parte de mãe, Nissyen e Evnissyen, a vários nobres igualmente, e estava no assento para se ver um rei. Seus dois irmão por parte de mãe eram filhos de Eurosswydd, por sua mãe , Penardun, filha de Beli, filho de Manogan. E um desses jovens era bom e de natureza gentil, e iria fazer a paz entre seus parentes , e fazer sua família ser amiga quando sua fúria estivesse no auge; e esse era Nissyen; mas o outro causaria a discórdia entre seus dois irmãos quando eles estivessem em grande paz.
E enquanto eles sentavam dessa maneira, eles contemplaram trinta navios do sul da Irlanda, vindo em sua direção, e eles vinham num movimento rápido, o vento em suas costas, e se aproximaram velozmente. "Vejo navios a distância", disse o rei. "vindo velozes na direção de nossa terra. Mande os homens da corte de equiparem, e vão conhecer suas intenções." Então os homens se equiparam e foram em sua direção. E quando viram os navios próximos, certo eles ficaram de que nunca haviam visto navios melhor equipados. Belas bandeiras de cetim estavam em sua frente. E contemplaram um navio se mover mais depressa que os outros, e viram um escudo levantado no lado do navio, e a ponta do escudo estava para cima, em sinal de paz. E eles saudaram o rei, que agora podia ouvi-los do lugar em que estava, sobre as rochas acima de suas cabeças. "Que o Céu lhes traga prosperidade", ele disse, "e bem vindos sejam. A quem estes navios pertencem, e quem é o chefe entre vocês ? " "Senhor," ele disse, "Matholwch, rei da Irlanda, está aqui, e estes navios a ele pertencem." "E por que razão ele vem? " perguntou o rei, "e ele virá a terra ?" "Ele vem com uma demanda a ti, senhor," eles disseram, "e ele não virá em terra até ter seu obséquio." "E o que seria este?" indagou o rei. "Ele deseja se aliar ao senhor" eles disseram, "e ele vem pedir Branwen a filha de Llyr, para que se parecer bem ao senhor, a Ilha da Força, seja confederada aliada à Irlanda, e ambas se tornem mais poderosas." E esta resposta foi trazida a Matholwch. "Estou de acordo," ele disse. Então ele desembarcou, e foi recebido com alegria; e grande foi o tropel no palácio naquela noite, entre os convidados e os da corte; e no dia seguinte eles se consultaram, e resolveram conceder Branwen a Matholwch. Agora ela era uma das damas-chefes dessa ilha, e era a mais encantadora donzela do mundo. Fixaram Aberffraw como o lugar onde ela se tornaria sua noiva. Rumara então, e em direção a Aberffraw os anfitriões foram; Matholwch e seus anfitriões em seus navios; Bendigeid Vran e seus anfitriões por terra, até chegarem a Abeffraw.
Em Abberffraw começaram um banquete e sentaram-se. E sentaram-se o Rei da Ilha da Força e Manawyddan o filho de LLyr, em um lado, e Matholwch no outro, e Branwen filha de Llyr ao seu lado. E eles não estavam dentro duma casa, mas sob tendas. Nenhuma casa jamais poderia conter Bendigeid Vran, devido ao seu tamanho. E eles começaram o banquete e beberam e discursaram. E quando ficou mais agradável a eles dormir que beber, foram descansar, e naquela noite Branwen tornou-se noiva de Mathowlch. No dia seguinte eles levantaram, e toda a corte, e os oficiais começaram a equipar e levar os cavalos e os criados, e os levaram tão longe quanto o mar. E um dia, Evnissyen o homem briguento ao qual se fala acima, veio por acaso no lugar onde os cavalos de Matholwch estavam, e perguntou a quem eles pertenciam. "Estes são cavalos de Matholwch rei da Irlanda, que está casado com Branwen, tua irmã, cavalos dele estes são." "E deste modo ele fez com uma donzela como ela, e além disso minha irmã, tomando-a sem meu consentimento ? Eles não poderiam oferecer maior insulto a mim que este," ele disse. E após isso ele correu sob os cavalos e cortou seus lábios no dente, e suas orelhas perto de suas cabeças, e seus rabos perto de seus traseiros, e quando ele podia apertar suas pálpebras, ele as cortava até o osso, assim desfigurou os cavalos e os devolveu inúteis. Foram trazidas tais novidades a Matholwch, dizendo que os cavalos haviam sido desfigurados, e machucados tanto, que nenhum jamais poderia ser de utilidade outra vez. "Em verdade, senhor" disse um, "foi um insulto a ti, e tal foi o propósito." "Em verdade, é de estranheza a mim, que se eles desejam me insultar, terem me dado uma donzela de tão alto escalão e tão amada entre seus parentes, como fizeram." "Senhor," disse outro, "Tu vês que dessa maneira é, e que não há nada para ti exceto ir para teus navios." E após isso rumo a seus navios ele foi.
Notícias vieram a Bendigeid Vran que Matholwch estava partindo da corte sem pedir permissão para tal, e mensageiros foram mandados a ele para perguntar a razão de tal. E os mensageiros que foram, eram Iddic o filho de Anarawd, e Heveydd Hir, E estes o alcançaram e perguntaram o que ele planejava fazer, e por tal razão ele foi enfrente. "Em verdade," ele disse, "se eu soubesse não teria vindo a este lado. Fui inteiramente insultado, ninguém jamais teve pior tratamento que cá tive eu. Mas uma coisa me surpreende sobre tudo." "O que é?" eles indagaram. "Que Branwen a filha de Llyr, uma das damas-chefes dessa ilha, e filha filha do Rei da Ilha da Força, foi dada a mim como noiva, e que após isso fui insultado; e eu estranho que o insulto não foi feito a mim antes de terem me entregado uma dama tão exaltada como ela." "Verdadeiramente, senhor, não foi de vontade de ninguém da corte," eles disseram "nem de ninguém do conselho. Que tu recebestes este insulto como tu hás recebido, a desonra é maior a Bendigeid Vran que a ti." "Realmente," ele disse, "Penso que sim. Todavia ele não pode revogar o insulto." Estes homens retornaram com tal resposta ao lugar que Bendigeid Vran se encontrava, e o contaram a resposta que Matholwch os havia dado. "Realmente," ele disse, "não há maneiras de impedirmos que ele vá embora com animosidade a nós, mas isso não aceitaremos." "Bem, senhor," eles disseram, "mande atrás dele outra mensagem." "Farei tal," ele disse. "Levante, Manawyddan filho de Llyr, e Heveyd Hirrm Unic Glew Ysgwyd, a vão atrás dele, e digam-lhe que ele terá um sadio cavalo por cada um que lhe foi machucado. E além disso, como compensação pelo insulto, ele terá um cajado de prata, tão grande e alto como ele, e uma armadura de ouro com a largura de sua face. E mostre-o quem fez isto a ele, e que foi feito contra minha vontade; mas que quem fez isso é meu irmão, por parte de mãe, e que por tal razão seria duro para mim colocá-lo à morte. E deixe-o vir encontrar-me," ele disse, "e faremos paz da maneira que ele desejar." A embaixada foi atrás de Matholwch e lhe disse todo o depoimento de maneira amistosa, e ele ouviu. "Homens", disse ele, "Tomarei conselho." Então ao conselho ele foi. E no conselho e consideraram que se eles recusassem isto, eles provavelmente teriam mais vergonha do que ao obter a compensação. Eles resolveram então aceitar tal, e retornaram à corte em paz. Então os pavilhões e as tendas foram montadas em ordem ao feitio dum salão; eles foram se encontrar, e como sentaram no início do banquete, lá eles se sentaram.
Matholwch e Bendigeid Vran começaram a discutir; e pareceu a Bendigeid Vran, enquanto conversavam, que Matholwch não parecia tão alegre como ele esteve antes. E ele pensou que o líder poderia estar triste, devido à pequena recompensa que ele havia oferecido, frente ao erro que lhe haviam cometido. "Oh, homem," disse Bendigeid Vran, "Tu não discutes alegre esta noite, como antes fazia. E se isso se deve ao pequeno tamanho da recompensa, tu deves adicionar o que for que tu escolheste, e amanha pagarei a ti os cavalos." "Senhor," ele disse, "Que o céu o recompense." "E eu irei aumentar a indenização," disse Bendigeid Vran, "pois irei dar a ti um caldeirão cuja propriedade é que se um homem teu for assassinado hoje, e for jogado dentro dele, amanha ele estará tão bem, quanto já esteve em sua melhor forma, exceto que ele não ganhará devolta sua retórica." E após isso ele lhe deu grandes agradecimentos, e muito feliz ele ficou por tal motivo.
E na manhã seguinte eles pagaram os cavalos a Matholwch, os últimos cavalos treinados restantes. E então eles foram a outro lugar, onde ele lhe pagou com potros até que tudo havia sido pago, e tal lugar foi chamado Talebolion. E numa segunda noite eles sentaram juntos. "Meu senhor, " disse Matholwch, "de onde vieste o caldeirão que tu me hás presenteado? " "Eu o ganhei dum homem que esteve em tua terra," ele disse, "e eu não o daria exceto à uma pessoa de lá." "quem era ele ?" Matholwch perguntou. "Llassar Llaesgyvnewid; ele veio aqui da Irlanda com Kymideu Kymeivoll, sua esposa, que escapou da Casa de Ferro na Irlanda, quando se tornou quente vermelho ao seu redor, e fugiram para cá. E é de minha estranheza que tu não conheces nada sobre o fato." "Algo eu sei," ele disse. "e o que eu sei irei lhe contar. Um dia estava eu caçando na Irlanda, quando cheguei à uma colina na cabeça dum lago, que é chamado Lago do Caldeirão. E eu contemplei um enorme homem de cabelos amarelos vindo do lago com um caldeirão em suas costas. Ele era um homem de vasto tamanho, e aspecto horrível, e uma mulher o seguia. E se o homem era alto, duas vezes alta como ele era a mulher, eles vieram ao meu encontro e me saudaram. "Realmente", perguntei, "para onde estão viajando ?" "Contemple isto," ele disse à mim, "é a razão para que viajamos. No fim dum mês e uma quinzena esta mulher terá um filho; e a criança que nascerá no fim do mês e uma quinzena será um guerreiro inteiramente armado" Então os levei comigo e os mantive. E eles ficaram comigo por um ano. E aquele ano os tive comigo sem má vontade. Mas desde então houve um murmúrio, por eles estarem comigo. Pois, no começo do quarto mês eles começaram a se tornar odiados e ilegais nas terras; cometendo ultrajes e incomodando os nobres e damas; então meu povo se levantou e implorou que os deixassem, e eles me ofereceram escolher entre eles e meus domínios. E eu consultei o conselho de meu país para saber o que deveria ser feito em relação à eles ; pois de sua própria liberdade eles não iriam, nem poderiam ser eles compelidos contra suas vontades, através de luta. E [as pessoas do país] estando nesse dilema, fizeram um cômodo de ferro. E quando o cômodo ficou pronto, lá veio todos ferreiros da Irlanda, e todos que possuíam tenazes e martelos. E colocaram carvões empilhados no topo do cômodo. E eles tinham o homem, e a mulher, e as crianças, servidos de bastante carne e bebidas; mas quando percebeu-se que eles estavam bêbados; começaram a colocar fogo nos carvões do cômodo, e eles assopraram com foles embaixo, até que a casa ficasse vermelha e quente ao seu redor. Então ouve um conselho realizado no centro do piso do cômodo. E o homem queimado até que as placas de ferro ficassem brancas com o calor; e então, por razão do grande calor, o homem se chocou contra as placas com seus ombros e as derrubou, e sua mulher o seguiu; mas exceto ele e sua esposa, ninguém mais escapou dali. E então eu suponho, senhor," disse Matholwch a Bendiged Vran , "que ele veio então até o senhor." "Sem dúvida ele veio até aqui," ele disse, "e me deu o caldeirão." "E de que forma o senhor os recebeu ?" "Eu os dispersei através de toda parte dos meus domínios, e eles se tornaram numerosos, e prosperam em qualquer lugar, e eles fortificam os lugares onde estão com homens e armas, dos melhores que já foram vistos."
Aquela noite eles continuaram a discutir o quanto puderam, e tiveram menestréis e farra, e quando era mais agradável a eles dormir que sentar mais tempo, foram descansar. E assim o banquete continuou com alegria, e quando terminou, Matholwch viajou em direção à Irlanda, e Branwen com ele, e eles se foram de Aber Menei com treze navios, e chegaram à Irlanda. E na Irlanda houve grande alegria com sua chegada. E não apenas um grande homem ou nobre visitou Branwen a quem ela não deu nem uma fivela, ou anel, ou jóia real para guardar, como era honorável de se ver repartir. E nessas coisas, ela passou aquele ano em grande reconhecimento, e passou seu tempo agradavelmente apreciando honra e amizade. E enquanto isso aconteceu que ela ficou grávida, e no devido tempo um filho nascia, e o nome que lhe deram foi Gwern o filho de Matholwch , e eles puseram o garoto para ser cuidado, num lugar onde estavam os melhores homens da Irlanda. E no segundo ano, um tumulto cresceu na Irlanda, devido ao insulto que Matholwch recebeu em Cambria e o pagamento feito por seus cavalos. E seus irmão de criação, que estavam perto dele, o culparam abertamente por este problema. E ele não teria paz devido ao tumulto até se vingarem dele pela desgraça. E a vingança que tomaram, foi afastar Branwen do mesmo cômodo que ele, e fazer ela cozinhar para a corte; e fizeram o açougueiro , após ter cortado toda a carne do dia, ir dar um golpe em sua orelha, e assim fizeram a ela a punição. "Muito bem, senhor," dissera seus homens a Matholwch, "proíba agora os navios, as balsas e os barcos de pesca, de irem à Cambria, e os que vierem de Cambria à este lado, prendam-nos para que tal coisa não seja conhecida lá." E assim ele fez; e foi assim por não menos que três anos.
Branwen criou um estorninho na cobertura da amassadeira, e lhe ensinou a falar, e contou ao pássaro que tipo de homem seu irmão era. E ela escreveu uma carta sobre suas angústias, e como ela havia sido tratada, e ela prendeu a carta na base da asa do pássaro, e o mandou à Bretanha. E o pássaro veia à essa terra, e um dia encontrou Bendigeid Vran em Caer Seiont em Arvon, conferenciando lá, e ele pousou em seus ombros e agitou suas penas, para que a carta fosse vista, e eles viram que o pássaro havia sido criado de maneira doméstica. Então Bendigeid Vran tomou a carta e a olhou. E quando a leu molestou-se excessivamente com as notícias das angústias de Branwen. E imediatamente ele começou a mandar cartas para conclamar a ilha unida. E sete pontos e quatro países vieram a ele, e ele os contou da aflição que sua irmã passava. Então eles tomaram conselho. E no conselho decidiram ir à Irlanda, e deixar sete homens como príncipes aqui, e Caradawc o filho de Bran, como seu chefe e seus sete cavaleiros. Em Edeyrnion sobraram estes homens. E por essa razão foram os sete cavaleiros postos na cidade. Agora os nomes dos sete eram, Caradawc o filho de Bran, Heveydd Hirr, Unic Glew Ysgwyd, Iddic o filho de Anarawc Gwalltgrwn, Fodor o filho de Ervyll, Gwlch Minascwrn, Llassar o filho de Llaesar Llaesgygwyd e Pendaram Dyved como jovem escudeiro. E estes permaneceram como sete ministros para tomar comando da ilha; e Caradawc o filho de Bran era o chefe entre eles.
Bendigeid Vran, como anfitrião de quem falamos, navegou rumo à Irlanda, e não era longe através do mar, e chegou em águas rasas. Eram dois rios; o Lli e o Archan eram chamados; e as nações cobriram o mar. Então ele procedeu com as provisões que tinha em suas costas, e se aproximou da costa da Irlanda. Agora os guardadores de porcos de Matholwch estavam no mar, e vieram a Matholwch. "Senhor", eles disseram. "saudações a ti." "Céus o protejam," têm vocês alguma notícia?" "Senhor," eles disseram, "temos admiráveis notícias, uma madeira vimos no mar, num lugar onde nunca havíamos visto uma árvore." "Isso é realmente admirável," ele disse; "algo mais avistaram?" "Nós vimos, senhor," eles disseram, "uma vasta montanha ao lado da madeira, que se movia, e havia um alto cimo no topo da montanha, e um lago em cada lado do cimo. E a madeira, a montanha, e todos essas coisas se moviam." "Muito bem," ele disse, "não existe ninguém que saiba qualquer coisa sobre isso, exceto Branwen." Mensageiros foram até Branwen. "Senhora", eles disseram que achas tu que isso seja ? "Os homens da Ilha da Força, que vieram até aqui ao ouvir o mal trato de minhas aflições." "O que é a floresta vista no mar ? " eles perguntaram. "As jardas e os mastros do navio," ela respondeu. "Ai de nós!" eles disseram, "e o que é a montanha vista no lado do navios ? " "Bendigeid Vran, meu irmão," ela replicou, "vindo à água rasa; não há navio que possa o conter nele." "O que é o alto cimo com o lago nos lados daquilo ? "Olhando em direção desta ilha ele está irado, e seus dois olhos, em cada lado do nariz, são dois lagos ao lado do cimo." Os guerreiros e o chefe da Irlanda foram reunidos com pressa, e tomaram conselho. "Senhor," disseram os nobres a Matholwch, "Não há outro conselho que não seja recuar até Linon (um rio que fica na Irlanda), e deixar o rio entre tu e ele, e quebrar a ponte que cruza o rio, pois há uma magnetita no fundo do rio que nenhum navio ou barco pode passar por cima. Então eles recuaram ao outro lado do rio, e destruíram a ponte. Bendigeid Vran veio à terra, e a frota com ele no banco do rio. "Senhor," dissera, seus maiorais, "sabes tu a natureza deste rio, que nada pode atravessá-lo, e que há nenhuma ponte ? "O que," eles disseram , "é teu conselho sobre uma ponte ?" "Não há nenhum," ele disse, "exceto que ele que for o chefe, seja a ponte. Eu serei," disse ele. E então tal dito foi proferido, e é ainda usado como provérbio. E quando ele jazia sobre o rio, barreiras foram colocadas sobre ele, e o anfitrião passou por meio disso. E quando se levantou, contemplou os mensageiros de Matholwch vindo a ele, e o saudaram, e lhe deram boas vindas em nome de Matholwch, seu parente, e mostraram como por sua boa vontade ele havia merecido o bem. "Pois Matholwch deu o reino da Irlanda a Gwern seu filho, teu sobrinho e filho de tua irmã. E isto ele coloca frente a ti, pela compensação do errado, e a despeito do que fez a Branwen. E Matholwch será mantido aonde quer que tu desejares, ou aqui ou na Ilha da Força. " disse então Bendigeid Vran: "Não devo eu ter o reino ? Então por acaso eu tomarei conselho sobre tua mensagem, pois a partir de agora até então nenhuma outra resposta terás de mim." "Muito bem," eles disseram, "a melhor mensagem que recebamos, vamos conduzir a ele, e tu esperes a mensagem dele." "Esperarei," ele respondeu, "e vocês retornem rápido." Os mensageiros foram em frente e vieram a Matholwch. ‘Senhor," eles disseram," prepare uma melhor mensagem a Bendigeid Vran. Ele não ouviria a nenhuma mensagem que levássemos a ele." "Meus amigos," disse Matholwch, "qual é teu conselho ?" "Senhor," eles disseram, "não há nenhum conselho além deste sozinho. Ele nunca foi conhecido em estar dentro duma casa, faça então uma casa que conterá ele e os homens da Ilha da Força em um lado, e tu e e teu anfitrião no outro; e dê teu reino à vontade dele, e lhe faça homenagem. Então por razão de honra tu faças ele fazer a casa, considerando que ele nunca teve uma casa, ele fará paz contigo." Então os mensageiros voltaram a Bendigeid Vran, portando a mensagem. Ele tomou conselho, e no conselho resolveu-se aceitar tal proposta, e isso tudo foi feito sob conselho de Branwen, para que o país não fosse destruído. E tal paz foi feita, e a casa foi construída vasta e forte. Mas os irlandeses planejaram astucioso mecanismo, e o plano era colocar prateleiras em cada lado dos cem pilares da casa, e colocar uma bolsa de couro em cada prateleira, e um homem armado e todas elas.
Então Evnissyen veio até a tropa da Ilha da Força, e olhou a casa com ferozes e selvagens olhares, espreitou os sacos de couro que estavam em volta dos pilares. "O que são estes sacos?" perguntou ele a um irlandês. "Comida, boa alma," ele disse. E ele sentiu tal até que veio a cabeça do homem, e a apertou até sentir seus dedos se encontrarem no cérebro através do osso. E ele deixou aquele e pôs a mão em outro, e perguntou o que havia lá dentro. "Comida," disse o irlandês. E tal ele fez com todos eles, até que não tivesse deixado nenhum vivo, de todos os duzentos homens, exceto um; e quando ele chegou perto, perguntou o que havia lá dentro. "Comida, boa alma, " disse o irlandês. E ele tateou tal até sentir a cabeça, e apertou aquela cabeça como havia feito com as outras. E, embora descobrindo que a cabeça desse estava protegida ele não o soltou até tê-lo matado. E então ele cantou a Englyn: "Há nesses sacos um diferente tipo de comida, o combatente pronto, quando o ataque é feito por seus companheiros guerreiros, preparados para batalha." Após isso chegaram os bandos à casa. Os homens da Ilha da Irlanda entraram na casa por um dos lados, e os homens da Ilha da Força por outro. E logo que se sentaram houve concórdia entre eles; e a soberania foi conferida ao garoto. Quando a paz foi concluída, Bendigeid Vran chamou o garoto a si, e de Bendigeid Vran o garoto foi a Manawyddan, e ele foi amado por todos que o contemplaram. E de Manawyddan o garoto foi chamado por Nissyen o filho de Eurosswydd, e o garoto foi até ele afetuoso. "Por que razão," disse Evnissyen "não vem a mim meu sobrinho, filho de minha irmã ? Mesmo ele não sendo o rei da Irlanda, ainda assim espontaneamente acariciaria o garoto." "Alegremente deixe-o ir a ti," disse Bendigeid Vran, e o garoto foi a ele com alegria, "Por minha confissão ao Céu" disse Evnissyen em seu coração, "impensado pelo morador da casa é a matança que nesse instante irei cometer." Então ele levantou o garoto pelos pés, e antes que qualquer um da casa pudesse controlá-lo, ele jogou impetuoso o garoto no fogo ardente. E quando Branwen viu seu filho queimando no fogo, esforçou-se a pular no fogo também, do lugar em que sentava entre seus dois irmãos. Mas Bendigeid Vran a segurou com uma mão, e o escudo na outra. Então todos correram para a casa, nunca lá houve tão grande tumulto por um bando em uma casa como houve por eles, enquanto todos homens se armavam. Então disse Morddwydtlyllyon, "As pessoas enfadonhas das vacas de Morddwydtlyon!" E enquanto todos eles procuravam suas armas, Bendigeid Vran amparou Branwen entre seus ombros e seu escudo. Então os irlandeses acenderam um fogo sob o caldeirão da renovação, e jogaram os corpos mortos no caldeirão até este ficar cheio, e no dia seguinte vieram homens lutadores tão bons quanto antes, exceto que eles não podiam falar. Então Evnissyen não viu os corpos dos homens da Ilha da Força ressuscitados, e disse em seu coração, "Ai de mim! Angústia eu sou, por dever ser a causa a ter trazido os homens da Ilha da Força em tamanho apuro. O mal ocorrerá se não trouxer libertação a partir de então." E ele se lançou em meio aos corpos mortos dos Irlandeses, e dois homens descalços vieram a ele, e o levaram para ser um dos irlandeses, o arremessaram no caldeirão. E torceu-se dentro do caldeirão, até rachá-lo em quatro partes, e estourar seus próprios olhos.
Em conseqüência de tal ato, os homens da Ilha da Força obteram tanto sucesso quanto tinham; mas eles não foram vitoriosos, pois apenas sete homens deles escaparam, e Bendigeid Vran foi ferido no pé por um dardo envenenado. Agora os sete homens que escaparam eram Pryderi, Manawyddan, Gluneu Eil Taran, Taliesin, Ynawc, Grudyen o filho de Muryel, e Heilyn o filho de Gwynn Hen. E Bendigeid Vran mandou eles cortarem sua cabeça. "Levem vocês minha cabeça," ele disse, "e carreguem-na até a Colina Branca, em Londres, e enterrem-na lá, com a face virada rumo a França. E por longo tempo estarão vocês na estrada. Em Harlech estarão banqueteando sete anos, os pássaros de Rhiannon cantando a vocês nesse tempo. E por todo este tempo a cabeça será para vós, companhia tão agradável quanto quando estava no meu corpo. E em Gwales no Penvro vocês serão contados quatro anos, e devem vocês permanecer lá, e a cabeça estará com vós incorruptível. Até abrirem a porta que olha rumo a Aber Henvelen, e rumo a Cornwall. E após terem aperto tal porta, lá não deverão mais permanecer, vão rumo à Londres para enterrar a cabeça, e sigam em frente." Então eles cortaram a cabeça, e estes sete foram em frente então. E Branwen era a oitava entre eles, e eles chegaram a terra de Aber Alaw, em Talebolyon, e sentaram para descansar. E Branwen olhou rumo à Irlanda e rumo à Ilha da Força, para ver se podia avistá-las; e quando foram lá contemplar encontraram uma multidão de homens e mulheres. "Tens vós alguma novidade?" perguntou Manawyddan. "Não temos nenhuma," eles disseram, "exceto que Caswallawn o filho de de Beli, conquistou a Ilha da Froça, e foi coroado rei de em Londres." "O quê aconteceu," eles perguntaram, "a Caradawc o filho de Bran, e os sete homens que foram deixados com ele nesta ilha?" "Caswallan veio até eles, e escravizou seis dos homens, e o coração de Caradawc se partiu de tristeza daí; pois ele podia ver a espada que matou os homens, mas não sabia quem a portava. Caswallawn colocou sobre si o Véu da Ilusão para que ninguém pudesse vê-lo matar os homens, mas sua espada apenas podia ser vista. E não o agradou matar Caradawc, porque ele era seu sobrinho, o filho de seu primo. E agora ele era o terceiro cujo coração se partiu por tristeza. Pendaran Dyved, que havia permanecido como uma jovem página entre esses homens, escapou para a floresta," eles disseram.
Então eles foram a Harlech, e lá pararm para descansar, e providenciaram carne e bebida, e sentaram-se para comer e beber. E então vieram três pássaros, e começaram a cantar para eles uma certa melodia, e todas as canções que eles já tinham ouvido pareceram desagradáveis comparadas à essa, e os pássaros pareciam a eles estarem a uma grande distância, sobre o o mar, e ainda assim eles pareciam distintos como se estivessem perto, e nessa refeição eles continuaram por sete anos. E perto do sétimo ano eles foram rumo a a Gwales em Penvro. E lá eles acharam um ponto justo e digno de realeza com vista para o mar; e um espaçoso saguão existia naquele lugar. E eles foram ao saguão, e duas de suas portas estavam abertas, mas a terceira estava fechada, aquela que olhava rumo a Cornwall. "Veja além," disse Manawyddan, "é aporta que não devemos abrir." E naquele noite eles banquetearam e ficaram alegres. E todos eles haviam visto comida posta em sua frente, e todos eles haviam ouvido sobre tal, mas não lembraram; nem disso, nem de qualquer mágoa que tiveram até então. E lá eles permaneceram por quatro anos inconscientes de já terem alguma vez passado um tempo tão alegre e jovial. E eles não estavam mais cansados como estavam ao chegarem , e nenhum deles sabia quanto tempo haviam ficado lá. E não era mais enfadonho ter a cabeça ali do que quando Bendigeid Vran estava propriamente com eles. E devido a estes quatro anos, foi chamado o divertimento da nobre cabeça. O divertimento de Branwen e Matholwch foi no tempo que foram à Irlanda, Um dia disse Heilyn o filho de Gwynn, "O mal aconteça a mim, se eu não abrir a porta para saber se é verdade o que é dito sobre tal." Então ele abriu a porta e olhou rumo a Cornwall e Aber Henvelen. E quando eles olharam, eles tomaram conhecimento de todos os males que eles já haviam suportado, e de todos os companheiros e amigos que haviam perdido, e de toda a penúria que havia caído sobre eles, como se tudo tivesse acontecido naquele mesmo lugar; e especialmente do destino de seu senhor, E por sua perturbação eles não puderam descansar, mas viajaram em frente com a cabeça rumo à Londres. E eles enterraram a cabeça na Colina Branca, e quando ela estava enterrada, este foi o terceiro agradável segredo; e foi o terceiro mal-destinado descobrimento quando foi desenterrada, visto que nenhuma invasão vinda do mar veio à esta ilha enquanto a cabeça estava em segredo. E dessa forma é a estória relatada por aqueles que viajaram vindo da Irlanda. Na Irlanda ninguém foi deixado vivo, exceto cinco mulheres grávidas numa caverna no ermo da Irlanda; e dessas cinco mulheres nasceram na mesma noite cinco filhos, a quem elas cuidaram até se tornarem jovens crescidos. E eles pensaram em esposas e eles ao mesmo tempo desejaram possuí-las, e cada um tomou como esposa a mãe de seus companheiros, e eles governaram o país e o povoaram. E estes cinco a dividiram entre si, e por razão de tal partição há as cinco divisões da Irlanda ainda em termos. E eles examinaram as terras onde as batalhas haviam ocorrido, e eles acharam ouro e prata até se tornarem ricos.
E assim termina esta porção do Mabinogi, sob o golpe dado à Branwen, que foi o terceiro golpe infeliz desta ilha; a respeito do divertimento de Bran, quando os anfitriões dos sete países, e dez foram à Irlanda para vingar o golpe dado à Branwen; e a respeito dos sete anos de banquete em Harlech, e os pássaros cantores de Rhiannon, a e da jornada da cabeça pelo espaço de quatro anos.


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