Quando uma pessoa, aproveitando-se do poder alheio, trata os outros com arrogância ou os ofende, é censurada por meio do provérbio Raposa com prestígio de tigre.
O provérbio vem de um conto.
Uma vez, uma raposa caiu nas garras dum tigre; mas, espertíssima como era, disse-lhe com toda a transitabilidade:
- O senhor Tigre deve certamente estar ciente de que Deus acaba de me nomear rainha desta floresta, com a missão de governar todos os animais ... E quer o senhor comer-me?! Que ousadia! Quer desrespeitar o Todo-Poderoso?
O tigre não acreditou nessa conversa. Como é que animalzinho tão fraco e tão magro como a raposa poderia ser a rainha da floresta?
Percebendo a hesitação do tigre, disse então a raposa:
- Não acredita? Mas a ignorância não é crime, por isso não vou puni-lo. Esta sua rainha sempre se fez respeitar pela sua generosidade. Vamos fazer o seguinte: vou passar revista aos meus súditos, e o senhor vai seguir-me e observar como eles me temem.
O tigre aceitou a proposta, e lá foram os dois – a raposa à frente, todo arrogante, e o tigre atrás.
Vendo o tigre, os outros animais puseram-se em fuga, foi um “salve-se quem puder”.
Mas o tigre acreditou no poder da raposa, pensando que todos fugiam com medo da “rainha”.
Dessa maneira, conseguiu a raposa salvar-se da morte às garras do tigre.